Ken Roczen revela bastidores da retomada da Suzuki para 2026

A parceria entre Ken Roczen e a Suzuki ganhou novos contornos nos últimos meses. Depois de anos de estagnação, com pouca evolução técnica e ausência de investimentos significativos no cenário internacional, a marca japonesa parece finalmente dar sinais de que pretende se reposicionar no motocross.

Divulgação: Racer X

Roczen, que vem defendendo a RM-Z450 e conquistou vitórias importantes mesmo com um equipamento considerado defasado frente à concorrência, destacou recentemente que a Suzuki voltou a se aproximar. Segundo o piloto, ele teve mais reuniões com engenheiros japoneses em 2025 do que em qualquer outro momento de sua carreira com a marca.

“Eles definitivamente estão se envolvendo novamente. Quando começar a temporada do Supercross, teremos uma tonelada de coisas para testar”, afirmou o alemão.

Esse movimento chega em um momento estratégico. Além da renovação contratual de Roczen, que deve ser confirmada em breve, rumores indicam que Jason Anderson deve defender a marca já em 2026, cenário que colocaria dois campeões da 450cc novamente na marca, algo que não acontece desde 2016, quando Roczen e James Stewart competiram com Suzuki, ainda que em equipes distintas.

Divulgação: Racer X

Outro ponto que reforça essa retomada é o trabalho de Kyle Chisholm, piloto da Suzuki que assumiu o papel de piloto de teste e recentemente esteve na Flórida em atividades junto aos técnicos japoneses, antecipando ajustes para a próxima temporada.

Entre as novidades que podem surgir está a implementação da partida elétrica, item considerado essencial no atual nível de competitividade. Roczen, no entanto, ressalta que o desenvolvimento precisa ser cuidadoso:

“Não se trata apenas de adicionar peso e mudar o comportamento da moto. Queremos melhorar de fato, não apenas colocar algo por cima.”

O interesse renovado da Suzuki contrasta com tentativas frustradas do passado, quando nomes como Kevin Strijbos e até mesmo a estrutura da equipe Wilvo ofereceram caminhos para a marca retornar com força ao motocross, mas sem sucesso.

Agora, a presença dos japoneses nos bastidores do Mundial de SuperMotocross e a empolgação de Roczen apontam para uma nova fase. Se confirmada, essa mudança pode recolocar a Suzuki no mapa competitivo da modalidade e abrir espaço para um futuro mais ambicioso.

Texto original: Lewis Phillips (Vital Mx)