Fim de jogo em Indaiatuba: Honda Racing consagra-se como a grande dona do motocross brasileiro em 2025
- Victor Mantovani 
- 15 de set.
- 5 min de leitura
A temporada do Brasileiro de Motocross terminou em Indaiatuba/SP, palco que é praticamente a sala de estar da Honda Racing Brasil. E o desfecho não poderia ser mais simbólico: diante da própria casa, a equipe comandada por Reinaldo Almeida levantou as duas taças mais cobiçadas do campeonato. Stephen Rubini mostrou frieza e estratégia para confirmar o título da MX1, enquanto Bernardo Tibúrcio, já campeão da MX2 desde a etapa anterior, acelerou com autoridade e encerrou o ano deixando claro o domínio da equipe vermelha.
MX1 – Rubini joga xadrez, Aranda dá xeque-mate
Na largada, Eric Tomás surpreendeu e roubou a cena enquanto todos esperavam o duelo Rubini x Fábio Santos. Mas Fábio acabou no chão logo na primeira curva, junto da tentativa frustrada de “sanduíche” da Yamaha sob Rubini ainda na largada.
Greg Aranda vem numa reta final absurda e não perdoou: vitória dele, deixando Van Horebeek em segundo e o francês Rubini em terceiro, com aquele estilo frio de quem joga o jogo pensando no título. Fábio, que estava em sexto, terminou em sexto graças às cedências de colocações dos companheiros de time.

Resultado:
1 Greg Aranda (Pro Tork 595 KTM Racing)
2 Jeremy Van Horebeek (Honda Racing Brasil)
3 Stephen Rubini (Honda Racing Brasil)
4 German Bratschi (Pro Tork 595 KTM Racing)
5 Hector Assunção (Baterias Pioneiro GasGas)
6 Fabio Santos (Yamaha Racing Brasil)
7 Jetro Salazar (JP Pro Honda Circuit)
8 Henrique Henicka (Pro Tork 595 KTM Racing)
9 Hardy Muñoz (Yamaha Racing Brasil)
10 Gustavo Pessoa (JP Pro Honda Circuit)
MX2 – Garib conquista fãs, Tibúrcio já é rei da categoria
O show da MX2 foi Benjamin Garib, que largou na frente e não olhou pra trás. Atrás dele, Bernardo Tibúrcio já corria tranquilo com a taça garantida, mas mesmo assim mostrou que é o nome da categoria, não deixou Garib escapar. O destaque surpresa ficou para Caio Lopes, campeão nacional, que tirou uma ótima sexta posição entre os gringos e os oficiais.

Resultado:
1 Benjamin Garib (JP Pro Honda Circuit)
2 Bernardo Tibúrcio (Honda Racing brasil)
3 Vitor Borba (Honda Racing Brasil)
4 Pietro Piroli (Yamaha Racing Brasil)
5 Juan Felipe (Yamaha BluClu)
6 Caio Lopes (HQT)
7 Rodrigo Borges (Pro Tork 595 KTM Racing)
8 Vasko Durand (FK Racing Kawasaki)
9 Luiz Filipe (FK Racing Kawasaki)
10 Otávio Pedro (Baterias Pioneiro GasGas)
MX1 + MX2 – Tibúrcio e Garib impressionam; Rubini faz o que deve ser feito
A prova mista foi de paciência para Rubini, que precisava apenas terminar no top 10. Só que quem roubou a cena foram as 250cc: Tibúrcio e Garib andaram forte contra as 450cc, chegaram a ultrapassar Rubini e ainda deram volta em Fábio Santos, que viveu um domingo difícil. Jeremy Van Horebeek levou a primeira posição, festa vermelha em Indaiatuba.

Resultado:
1 Jeremy Van Horebeek - 450 (Honda Racing Brasil)
2 Greg Aranda - 450 (Pro Tork 595 KTM Racing)
3 Hardy Muñoz - 450 (Yamaha Racing Brasil)
4 Bernardo Tibúrcio - 250 (Honda Racing Brasil)
5 Benjamin Garib - 250 (JP Pro Honda Circuit)
6 Hector Assunção - 450 (Baterias Pioneiro GasGas)
7 Gustavo Pessoa - 450 (JP Pro Honda Circuit)
8 Stephen Rubini - 450 (Pro Tork 595 KTM Racing)
9 German Bratschi - 450 (Pro Tork 595 KTM Racing)
10 Rodrigo Borges - 250 (Pro Tork 595 KTM Racing)
MX3 - El Tanque estreia com classe na MX3
Carlos Campano estreou na categoria e venceu como se estivesse na MX1. Muita gente pode estranhar, mas pela idade ele já poderia até estar na MX4. Caio Lopes ainda segurou o segundo lugar com problemas mecânicos, e o local Ricardo Carneiro foi quem arrancou aplausos da torcida com uma boa disputa com Marcus Mano, até terminar em sexto.

Resultado:
1. Carlos Campano (Yamaha Racing Brasil)
2. Caio Lopes (HQT)
3. Pedro Godoy
4. Adrien Metge
5. Marcus “Mano” Vinícius
MX5 – Grewe vence, Guimarães é campeão
A bateria foi uma homenagem a Rogério Nogueira, com a presença do americano John Grewe, que alinhou com a moto de Rogério e claro, com o lendário #92 e venceu. Mas foi Willian Guimarães, que garantiu o título antecipado e cravou mais uma vez seu nome na história do motocross nacional.

Resultado:
1. John Grewe (JP Pro Honda Circuit)
2. Willian Guimarães
3. Amilton Amorin
4. Jose Israel
5. Jorge Negretti (JP Pro Honda Circuit)
MX2JR - A primeira do Peruano!
Vasko Durand (FK Racing) não deixou a oportunidade escapar e conquistou sua primeira vitória na MX2JR.

Resultado:
1. Vasko Durand (FK Racing Kawasaki)
2. Arthur Gomes (S2 Nordeste)
3. Juan Garcia (Yamaha BluCru)
4. Gabriel Bilhar (Belco Racing)
5. Wagner Guilherme (S2 Nordeste)
MXJR - Copetti 9/9
Francesco Copetti simplesmente não sabe oscilar: venceu todas em que alinhou, e em Indaiatuba não foi diferente. Já tem gente se perguntando o que o argentino pode fazer com uma 250cc, talento e velocidade sabemos que tá sobrando.

Resultado:
1. Francesco Copetti (Pro Tork 595 KTM Racing)
2. Zion Berchtold
3. Lorenzo Ricken
4. João “Bolachinha” Wost
5. Heitor Matos
MXF - Luanna da aula na categoria
Luanna Neves foi devastadora e não deu chance para as adversárias durante oito das nove etapas, e como de se esperar, venceu também a etapa final.

Resultado:
1. Luanna Neves (Pro Tork 595 KTM Racing)
2. Marcelly Cazzadini (JP Pro Honda Circuit)
3. Alícia Sagae (Sagae Motocross Team)
4. Beatriz Braga
5. Izabela Bindela
65cc - A primeira de Bolachinha
Após ultrapassar Henri Krug durante as voltas finais, Bolachinha garantiu sua primeira vitória na última etapa do campeonato e comemorou muito, como tinha que ser feito.

Resultado:
1. João “Bolachinha” Wost
2. Henri Krug (Belco Racing)
3. Arthur Lorenzo (Belco Racing)
4. Vitor Brito
5. Lorenzo Ricken
50cc - Sempre ela!
A grande Valentina Barg venceu mais uma, se consolidando cada vez mais como um nome promissor no esporte.

Resultado:
1. Valentina Barg
2. Clemente Lobos
3. Tomás Ruiz
4. Ana Heloísa
5. Benjamin Sagae (Sagae Motocross Team)
O campeonato terminou com a Honda Racing Brasil campeã em casa, algo que Indaiatuba vai guardar na memória.
A Roots MX, mesmo sem estar nas pistas por ter sua credencial não aceita na segunda etapa em Canelinha/SC, sob a justificativa de “limite de mídias” por parte da diretoria da PROMOX, nunca deixou de acompanhar cada detalhe e repassar tudo ao público. Nosso compromisso é com os fãs do motocross, e esse trabalho não depende de crachá.
Esperamos que em 2026 possamos estar presencialmente nas etapas, lado a lado com o público, registrando o que acontece dentro e fora da pista. Sempre com respeito, mas sem deixar de lembrar: quem dá vida ao campeonato é o fã de motocross.
Never forget your roots. 🤘








Comentários